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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PRÊMIO DARDOS

Sinto-me honrada pelo meu primeiro selo como blogueira. Ele veio de um blog muito especial, o qual tenho prazer em seguir: katerineknust.blogspot.com
Agradeço à amiga blogueira pelo grande presente :)
O que é o Prêmio Dardos?

"O Prêmio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras. Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros; uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web."

Regras:

- Exibir a imagem do Selo no Blog

- Exibir o link do blog que você recebeu a indicação

- Indicar outros (sem número limite) para premiar.

-Avisar os escolhidos

Então, segue abaixo minhas indicações a quem entrego o Prêmio Dardos:
http://pessoaesdruxula.blogspot.com/
http://heismycocaine.blogspot.com/
http://diistance.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A dor que mais dói


Unha encravada. Existe coisa que dói mais? Fala sério, leitor. Você pisa no chão, coloca um sapato, um tênis e aquele pedaço de unha entranhado na sua carne tá lá te incomodando. Dá vontade de abrir um buraco no dedo e arrancá-la com a primeira coisa que se vê pela frente, dá vontade de meter um alicate e estrangular a unha, o dedo, o pé, o que tiver no caminho! O pior é que existe, existe coisa que dói mais sim. Chegar em casa e não ver que ela está lá no quarto estudando, e mesmo que se você estivesse na sala assistindo ao jogo, você saberia que ela está ali e isso te aliviaria. Sair de casa sem ter de quem se despedir com um beijo. Voltar pra casa e ninguém perguntar por onde você andou até aquela hora. Não ter aquele perfume, aquela calcinha pendurada no Box do banheiro. Não ter ninguém enchendo o saco pra você levantar o assento do vaso sanitário e tampar a pasta de dentes. Não ter ninguém pra implicar e sacanear no jogo de futebol do time dela, que por sinal, está um lixo. Não ter ninguém pra dividir a limpeza da cozinha, depois do almoço de domingo. Não ter companhia pra um cinema. Não ter com quem fazer guerrinha de travesseiro. Não ter, não ter, não ter. Eu não acredito em dor maior. Quando a gente tem saudade, a gente não tem mais nada mesmo.
-Inspirada no texto "Saudade", de Miguel Falabella

terça-feira, 30 de novembro de 2010

E ai, de quem é a culpa?


Pobres traficantes, perderam a piscina, a hidromassagem, a TV de plasma.. E eu aqui com esse chuveiro que demora a esquentar, tendo que ir pra piscina da vizinha, assistindo o jornal na TV HD (horrível definição). Já tava na hora daquela palhaçada acabar. O que eu tenho me perguntado é se os verdadeiros palhaços, os que financiam o tráfico, vão ter as casas invadidas, a firma quebrada. Porque se não a palhaçada só muda de endereço. O que eu tenho me perguntado é qual vai ser o nome do próximo complexo bolado na mão dos bandidos; quantos blindados , caveirões, helicópteros ainda vão ser necessários pra que o povo possa finalmente ser feliz e andar tranquilamente na favela onde nasceu?
Vaiar os traficantes é fácil. A atitude deles é realmente repugnante. Mas o tráfico só existe porque existem compradores. Então por que você não vaia o seu amigo usuário, o seu primo viciado? Vaie o que dá dinheiro pro sistema. Se o sistema é foda, ele é o culpado.

O que ninguém precisa saber


O que ninguém precisa saber é que no verão, as noites são mais curtas que os dias, e que correr na chuva não te faz molhar-se menos. O que ninguém precisa saber é que temos que beber de 2 a 4 litros de água por dia - ninguém bebe isso tudo mesmo - e que o peito da mãe da sua amiga é silicone.Ninguém precisa saber que você não enxerga bem de um olho, e que você mentiu quando disse que a bateria do telefone acabou justamente no meio da briga. Ninguém precisa saber que você tem preguiça de tomar banho e que nem sempre escova os dentes antes de dormir. Ninguém precisa saber que você colou aquele chiclete debaixo da mesa e que mentiu pra moça da loja quando disse que voltaria pra levar aquele sapato. Ninguém precisa saber que eu penso em você o tempo inteiro e que até hoje eu espero pelas flores que você me prometeu. Ninguém precisa saber o seu nome, o seu endereço ou telefone, só eu.  Ninguém precisa saber que você invadiu meu coração num blindado e destruiu todos os conceitos de amor que outrora eu tinha, e criou um próprio: o seu. Ninguém precisa saber que se a sua missão era ocupar totalmente os meus planos futuros, você conseguiu, Sr. comandante. Eu me rendo. A única coisa que tem-se urgência em saber é se você aceita.. Se aceita ficar comigo pra sempre.

domingo, 31 de outubro de 2010

Morta viva

Marina não tinha nada. Não tinha mãe, nem pai. Não tinha casa própria, e nem um bom emprego. Não tinha amigos, não tinha bons CDs, não tinha um cabelo bonito, não tinha namorado. Marina não tinha fé, não tinha pensamentos positivos, não tinha felicidade. Andava todos os dias as 6 da manhã pela praia. O barulho das ondas a fazia sentir um pouco menos morta. Voltava pra casa e ficava na companhia da velha TV preto e branco. As vozes desconhecidas da TV a faziam sentir um pouco menos sozinha, mas não mais feliz. Já não era monotonia. Já não era solidão. Era saudade. Saudade ela não sabia de que, não sabia de quem. Saudade talvez de se sentir bem, de se sentir amada, útil. Saudade de ser Marina.
Marina cortou e pintou os cabelos. Marina fez as unhas. Conseguiu um emprego numa loja e conheceu um bom partido que trabalhava numa farmácia, perto de onde ela comprara sua casa própria, depois de muito juntar dinheiro. Marina comprou Chico Buarque e Cartola; Elis Regina e Caetano; Noel Rosa e Maria Rita. Marina se encheu de positivismo e conquistou tantos amigos que os dedos dos pés e mãos não eram suficientes para contabilizar todos eles. Marina deixara de andar pela praia, agora ela corria. Marina trocou a TV, se bem que agora nem precisava tanto de suas vozes longínquas, uma vez que ligava sempre pro seu namorado, pros seus amigos, pra sua cabelereira, quando se sentia sozinha.
Marina passou a ter tudo. Pelo menos era o que ela achava. Mas mesmo assim, o velho vazio ainda se fazia presente. Marina tentava esconder com sua vida aparentemente perfeita a falta de algo que ela não sabia o que era, a saudade de alguém que ela não conhecia, de um amor que ela nunca tinha provado igual. Marina casou-se, teve filhos. Achou que os filhos preenchessem o espaço infindável que ela tinha dentro de si. Pensamento vão. Os filhos somente amenizaram por um tempo. Depois eles cresceram, foram pro exterior. Seu marido faleceu. Seus amigos sumiram. Sua cabelereira foi embora da cidade. E sua dor na coluna não a deixava mais correr pela praia, nem ao menos andar. Marina já não tinha mais idade para trabalhar e não gostava mais de MPB. Alias, Marina não gostava de mais nada. Nem a TV a fazia se sentir menos infeliz. Marina vivera uma vida de mentiras. Porque infelizmente, nem no seu leito de morte, ninguém nunca havia pronunciado para ela uma única palavra, aquela que  mudaria toda a sua vida: Jesus.
A verdade não foi apresentada a ela. Ela não sentiu o verdadeiro amor, a felicidade plena. Marina vivera morta, mas não se deu conta disso. Ela não sabia que uma vida vivida sem Deus é um cemitério eterno.

Bunda Dura, por Arnaldo Jabor

Tenho horror a mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, está sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de  clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!!!
         Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco?
         Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?

a) Escova toda manhã: A fulana acorda as seis da  matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de  Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão ‘Alisabel’, que é legal… BURRA.
         b) Na moda: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar desarrumada nem enquanto estiver transando.
         c) Sorriso incessante: Ela mora na vila dos Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipático com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás, ela nem sabe o que a palavra significa… Coitada.
         d) Bunda dura: As muito ‘gostosas’ são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico, portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem H-O-R-R-O-R a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia; nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece!
 Portanto:
É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja,gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica , faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada; Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!

domingo, 26 de setembro de 2010

Confissões de uma ex-cega

Que fique registrado aqui: estou apaixonada. Sim, querido leitor, apaixonada. Não, não precisa esfregar os olhos, nem limpar a tela do seu computador. Você leu certo sim, estou amando.  Os passarinhos cantam pra mim o dia inteiro, o relógio faz questão de marcar sempre a hora igual aos minutos, as coisas finalmente deram certo. Pra falar a verdade, não é de hoje que eu estou apaixonada. Já faz tempo que tudo faz sentido, que eu acordo todos os dias com um sorriso no rosto. O mesmo sorriso nos últimos 6 meses.
Dizem que tudo que é bom dura pouco. Nesse caso, o bom ta durando mais tempo do que eu imaginava. O que pra mim não duraria nem um mês, me surpreendeu de tal maneira, que eu começo a achar que um ano é muito pouco tempo com ele, que um dia com ele parece um minuto, que uma semana sem vê-lo parece um longo mês de tortura. Realmente, não existe outra definição para isso que não seja amor. Ele tem seus defeitos, lógico! Aliás, que homem não tem? Ele grita, conta piadas sem graça, é grosso diversas vezes, preconceituoso, e olha,acredito que sem perceber, para outras na rua. Esse último então é o que me deixa mais possessa. Será que ele não entende que eu o quero só pra mim? Diga-me leitor, o que eu faço com esse homem? Não posso ameaçar enfiar nada no fuelio dele, porque ele pode gostar né.. Não posso ameaçar batê-lo, porque ele é mais forte que eu, segura as minhas mãos com uma mão só – o que eu adoro- e me dá um cruzado com a outra - o que eu adoro também ahahaha! Acho que o jeito vai ser trancar ele no meu baú. Sim, no meu bauzinho. Eu tenho um baú marrom e bege, pequenininho, onde eu guardo coisas importantes. Quem me deu também é importante , diga-se de passagem, (quem é sabe!) Farei questão de guardar o meu Nenis no baú, e toda noite abrir, e dormir abraçadinha com ele. Por falar em abraço, o dele é o melhor. Meu Deus! Que braços, que corpo, que calor, que... Ele é sensacional, não tenho do que reclamar. Só tenho a agradecer ao meu Deus que me presenteou com algo tão valioso. Ele é um tesouro, uma jóia rara. Se algum dia querido leitor, terminarmos, encomende 50 kg de lenço de papel, e um médico especializado em desidratação, porque eu vou chorar cada gota de água que existir no meu corpo. A falta que ele vai fazer se um dia isso acontecer não pode ser expressa em palavras, mas vou arriscar: imagine se você nasceu cego, mas com uma cirurgia você passou a enxergar. Inegavelmente, você vai adorar e vai sentir que a sua vida está completa. Imagine agora se você perde novamente a visão, pra sempre, e nenhuma cirurgia, tratamento, terapia dê jeito. Você vai se sentir a pior pessoa do mundo, desejará nunca ter visto, porque agora que você sabe como é bom poder ver, não pode mais. Nunca mais. Hoje eu provo da incrível sensação de poder estar com ele, a hora que eu quiser, do jeito que eu quiser. E se um dia eu perder tudo isso, não garanto mais a firmeza dos meus passos, uma vez que perderei os olhos que antes me guiavam.
Diga a ele leitor, que eu estou aqui. Sempre estarei aqui. Namorada, futura esposa, futura mãe dos filhos dele. Diga a ele leitor, que aqui existe uma garota que não se imagina sem ele, que o quer pra sempre, que é feliz do lado dele. Diga a ele leitor, que eu não me importo se ele é rico ou pobre, bonito ou feio, magro ou gordo, enquanto ele for ele e estiver aqui, julgue-me a garota mais abençoada desse mundo.
Benção. Foi uma benção o sorriso do destino pra mim.
Que fique registrado aqui: acabei de morrer com tanta melação! rs.